Vamos falar hoje sobre um dos temas que eu mais curto na fotografia de paisagem: a compressão de planos. Já ouviu falar?

A compressão de planos é o efeito ótico que conseguimos quando utilizamos lentes de grande distância focal, de preferência acima de 200mm, (300mm, 400mm, 500mm ou mais!)

Em linhas gerais, quanto maior o zoom, maior a compressão de planos. Mas o que é exatamente isso?

Vamos supor que você tenha uma lua nascendo no horizonte, e deseje fotografá-la com uma lente teleobjetiva (zoom). Você aponta a câmera para a lua e dá o maior zoom possível nela. Tudo que estiver entre você e a lua vai aparecer na foto também certo? certo!

Só que todos esses elementos (árvores, pessoas, prédios, montanhas, etc) também serão ampliados pelo poder do seu zoom, crescendo na foto e causando este efeito de “achatamento” ou compressão de planos, ou seja, a foto perde em tridimensionalidade mas ganha em criatividade, pois todos os elementos vão “se juntar” no plano do infinito, como se estivessem juntos mesmo!

É assim que conseguimos efeitos interessantes como a lua “encostando” em montanhas ou prédios por exemplo, ou como essa foto abaixo, do Sol nascendo gigantesco com os coqueiros à frente dele, esta que eu fiz para um video no Youtube! (veja o video aqui: https://www.youtube.com/watch?v=f5iMcrFjLd0

É claro que para a compressão de planos funcionar bem voce precisa ter elementos em camadas no seu horizonte, como uma sequencia de montanhas, árvores, prédios, etc. .Se você “isolar” o Sol ou a lua no céu sozinho, o astro não terá ninguém para ficar na frente dele e ai a compressão de planos não acontecerá!

Repare nesta segunda foto abaixo, feita da Vista Chinesa aqui no Rio, enquadrando o pico do Pão de Açúcar e ao fundo as montanhas de Niterói.

Parece que essas montanhas estão logo atrás do Pão de Açúcar certo? Pois é, mas entre elas e a nossa montanha-símbolo do Rio, temos apenas a baía da Guanabara inteira e a cidade de Niterói! Como consegui isso? Compressão de planos, a foto foi feita com 400mm de distância focal 😉

Por hoje é só!

Abraços,

Marcello